tag:blogger.com,1999:blog-59834574575712817642024-02-07T06:14:47.330-03:00Danos da AutoCríticaAutoCríticahttp://www.blogger.com/profile/06895493427855245211noreply@blogger.comBlogger194125tag:blogger.com,1999:blog-5983457457571281764.post-79493566515369181532013-07-05T08:53:00.001-03:002013-07-05T08:58:33.406-03:00manual para não deixar de ser você mesmoAcorde e coloque os pés no chão. No chão.<br />
Cuidado para não deixar seus pensamentos caírem quando você debruçar na janela.<br />
Ao acompanhar, dessa mesma janela, o voo de um pássaro, inseto, nuvem, controle o movimento do seu olhar. Não permita que ele ultrapasse os limites desenhados por você, para você.<br />
Escolha uma senha para seu email que te faça lembrar dos seus parentes mortos, do seu animal de estimação da infância, do seu grande amor.<br />
Coma só as coisas que você gosta. A possibilidade de uma nova experiência te frustrar é suficiente para descartá-la.<br />
Não tropece, não olhe para o lado, não coma borboletas, não escreva um poema.<br />
Mantenha os músculos tensionados. O dia inteiro. E à noite também.<br />
Não altere o ritmo da sua respiração. Suspirar pode ser prejudicial às compassadas batidas de seu fraco coração.<br />
Foco e concentração ininterruptos trarão a paz que você tanto procura.<br />
Para você não deixar de ser quem você é.AutoCríticahttp://www.blogger.com/profile/06895493427855245211noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5983457457571281764.post-57673499859629451942013-06-12T10:37:00.001-03:002013-06-12T10:37:51.892-03:00lugares (-) comunsa imprensa no brasil é interessada e tendenciosa. falar mal da imprensa é lugar-comum. então aceitemos a imprensa como ela é. brasileiro é apático e conformista. e não fala mal do jornalismo porque é apático ou porque tem medo do lugar-comum. é lugar-comum dizer que brasileiro é apático e conformista. é antes de tudo reducionista. ir para a rua protestar, manifestar é lugar-comum. mas é coisa de povo apático? tomar porrada de policial é lugar-comum. a polícia no brasil é corrupta. a imprensa é tendenciosa. e mesmo assim nós vamos para a rua. tomar porrada da polícia, aparecer no jornal como vândalos depois de reagirmos apaticamente aos cavalos tiros escudos bombas. o brasil é lugar comum de corruptos, apáticos, conformistas e a imprensa.AutoCríticahttp://www.blogger.com/profile/06895493427855245211noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5983457457571281764.post-34546087121815046882010-03-21T00:43:00.000-03:002010-03-21T00:43:57.602-03:00Das histórias que não viviQuando sinto saudades do que nunca aconteceu, sinto saudades de ser pequena e de me apoiar no seu colo enquanto você me conta histórias fantásticas sobre um mundo mágico onde tudo acontece. Você me ensina a fazer uma dobradura, um truque, a dirigir, me conta uma história da sua infância. E eu olho, admirada. Presto atenção, sorvo cada palavra que sai da sua boca. Meus olhos brilham. Acho que você percebe e sorri. <br />
Nós dois sabemos que isso nunca aconteceu. Temos um acordo implícito que nos impede de comentar sobre isso. Mas é verdade. Você não me ensinou a dirigir, nunca fui pequena no seu colo, não lembro de nenhuma história fantástica. Estaria mentindo entretanto se dissesse que você nunca me ensinou um truque de mágica. Uma das lembranças mais ternas que guardo da gente é de uma vez que brincamos de mágico. Você me ensinou a fazer os objetos aparecerem! É sério. Eu não sabia como fazê-los sumir (você se encarregava dessa parte difícil da mágica) e só precisava fazer com que aparecessem. Talvez você nem lembre mais disso. <br />
Não sei se vou poder corrigir seus erros. Não sei se poderei ou mesmo quererei te dar um neto para você mesmo tentar corrigir suas falhas. Esse pensamento me dá medo, ansiedade, curiosidade e angústia. Não é hora de refletir sobre isso. E, no fim, é impossível resgatar o que não vivemos. Então hoje eu lembrei desse dia que nunca aconteceu: nós dois conversando no sofá domingo, eu recostada olhando admirada enquanto você me contava uma história impressionante, fazia uma dobradura, dizia que me ensinaria a dirigir... O truque de mágica, desse eu lembro. Isso foi real.AutoCríticahttp://www.blogger.com/profile/06895493427855245211noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5983457457571281764.post-80329001304780151202010-02-18T23:40:00.000-03:002010-02-18T23:40:56.763-03:00Frases soltas insonesÉ tanto medo, tanta análise, tanta apreensão, que eu paro. Já são cinco dias de insônia. Parei de tudo pelo visto, inclusive de dormir. Não aguento mais. Pareço uma máquina de pensar e evitar pensamentos. Constantemente. Penso, tento não pensar. Penso em tentar não pensar e penso que estou tentando e então eu penso. Estou refém de um sentimento que não sei nomear, mas apelidei de medo. Fico olhando para ele, durante horas, esperando que ele me diga quem é. Mas nada acontece e eu não durmo. Mais uma noite. A luz do quarto acesa, a colcha revirada. Para piorar a internet está superlenta. Não posso mais com isso. Preciso voltar ao normal. Meu corpo precisa entender que não é mais carnaval e que, no fundo, não há nada a temer. Não posso perder algo que nunca tive.AutoCríticahttp://www.blogger.com/profile/06895493427855245211noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5983457457571281764.post-11874337789782431852010-01-29T11:29:00.000-03:002010-01-29T11:29:32.825-03:00Não euSem você, passo mais um dia que parece um ano, que parece um monstro, que parece um não. A madrugada se aproxima e com ela o fim da tortura. Envolta na neblina do fim da noite, consigo esquecer, consigo relaxar, consigo não pensar. Os pequenos passos me levam até meu quarto. Aguardo o fim de mais um noite sem fim. Minha maturidade escondida no fundo de uma gaveta que quase nunca é aberta. Pensamentos vão e voltam, e esse movimento embala meu sono. Acordo sem você. Um monstro atrás da porta me aguarda. Mais um dia. Visto uma fantasia e vou para a rua, fingir que suporto. Não, não suporto. Você poderia ver nos meus olhos que é demais para mim. Mas eles não veem. Acham que estou bem, madura, resolvida. Decidi não parar de tomar o remédio. Quero enfrentar essas novas situações envenenada, alheia. Um não eu, para um não dia. Um quase eu, para um quase dia.AutoCríticahttp://www.blogger.com/profile/06895493427855245211noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5983457457571281764.post-66608969385634855532010-01-25T09:33:00.000-03:002010-01-25T09:33:41.650-03:00Algumas palavras compassadasNão consigo não lembrar. Se faz impossível não pensar. As imagens vêm. Martelando. Incessantemente atrás dos meus olhos. A cada página. A cada letra. Riscos nos papéis não me deixam esquecer. Ritmada. A lembrança. Frequente. Insistente. Mas não me incomoda. Só me desconcentra. A todo minuto. Quente. Surpreso. Pleno. Medo de me importar demais. Não posso ser pega assim de surpresa. Ai, minha concentração, meu trabalho. O toque. A noite. A manhã. A madrugada se transformando em dia. As horas na sua presença se esgotando. Não estou imune a essas lembranças. Mas não posso me deixar levar pela vontade de transformar meus desejos em realidade.AutoCríticahttp://www.blogger.com/profile/06895493427855245211noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5983457457571281764.post-68323183200405563012010-01-23T00:25:00.000-03:002010-01-23T00:25:41.592-03:00AtrasadasAs primeiras lágrimas vieram pesadas, borradas, cinzentas. Tinham o gosto da cerveja e o cheiro do cigarro. Acompanharam um pensamento meio concreto meio vago de que você pode ser a pessoa de que gosto, de que não há mais ninguém, de que a solidão me espera para uma longa caminhada. Elas eram duras e não caíram com facilidade. Minhas lágrimas, não adianta forçá-las. Essa dor na garganta, esse aperto no peito, demoraram a chegar. Mas eram visitas previsíveis, e apareceram. Choro e sinto a dor que não veio na hora certa. Diluo no dia de hoje os dias e as noites que te esqueceram no fundo do copo, no resto das cinzas, no rosto mal lavado. Você merece mais do que uma ressaca.AutoCríticahttp://www.blogger.com/profile/06895493427855245211noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5983457457571281764.post-48809186002344740232009-12-24T17:10:00.000-03:002009-12-24T17:10:17.832-03:00SubmundoSão 23h40. O casal apaixonado decidiu que o vagão do metrô é um lugar adequado para as preliminares. O rapaz ao meu lado acha que estou olhando para ele. Na verdade, olho o vidro (ou seria plástico, acrílico) da janela (isso aqui é uma janela?) para poder observar o casal pelo reflexo. Um integrante do casal coloca a língua na orelha do outro integrante, a cena é de puro desejo. Acho que os invejo. O garoto - ele não deve ter mais do que 25 anos - olha furtivamente para mim. Ele realmente acha que eu estou olhando para ele. Minha vontade é falar: "cara, olha para o outro lado. O casal está trepando no metrô." Mas ninguém repara. Umas pessoas iniciam o sono, outras, em grupos, conversam baixo. Eu e o rapaz somos os únicos sozinhos e acordados. Gosto do submundo à noite: dos ruídos, das pessoas que o frequentam, da iluminação, dos motivos que trouxeram essas pessoas aqui. Será que o casal está indo para um motel em outro canto da cidade? Será que eles estão voltando de uma festa? Será que eles são casados ou se conheceram agora? E ele puxa delicadamente o cabelo dela pela nuca e beija sua boca. Sim, eu os invejo. E o garoto? O que faz no metrô a essa hora? Voltou da casa da namorada? De um bar? Está indo para casa? Onde ele mora? Eu às vezes esqueço que minha presença ali é tão passível de perguntas quanto a deles. Mas como saber se eles não são uma ilusão minha, um delírio? Como ter certeza de que não sou a única a existir nesse mundo e nesse submundo que eu criei? Meus personagens se levantam, aguardam a porta do vagão abrir. Vão todos embora. Eu também vou embora. Eu vou para casa. Ainda tenho que pegar um ônibus. Sinto um desejo enorme de ser notada, assim como noto as pessoas. Observada, discutida, analisada. Desejada, quem sabe. Mas o ônibus chega na porta da minha casa, e a noite acaba. Os personagens, caso existam, continuam a desenvolver suas histórias. A minha, hoje, acaba nessa cama, sozinha.AutoCríticahttp://www.blogger.com/profile/06895493427855245211noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5983457457571281764.post-12836829700067302462009-12-24T17:07:00.001-03:002009-12-24T17:18:05.797-03:00Pega de surpresaVocê me abraçou. Duas vezes. E logo hoje que eu não arrumei o cabelo, que o rímel estava borrado, que o dia não nasceu direito. Queria ter sido capaz de ouvir, mas minha ansiedade passou como um bloco de carnaval por cima das palavras, das minhas e das suas. O que eu vi em você? Será que você vê algo em mim? A forma ou o conteúdo. Não importa. Para mim importa: forma e conteúdo. O dia hoje foi péssimo. E não deu tempo nem de dar uma olhadinha no espelho antes de você aparecer.<br />
Ontem eu tinha passado o dia esperando uma ligação sua e não consegui dormir. Uma sinal, um contato qualquer, só para que eu pudesse fechar os olhos e sonhar com suas letras. Mas você nem surgiu na minha tela. Achei que não estivesse mais na cidade. Repassei as histórias: as que eu vivi e as que não são minhas. Seu sorriso paradoxal me trazia uma calma e um desespero, um alívio e um desajuste. E aí hoje você surgiu, como se brotasse do chão, tal qual flor, tal qual fogo. Suave nos modos, destruindo minha retidão de caráter. E logo hoje que eu não arrumei o cabelo. O dia hoje foi péssimo.AutoCríticahttp://www.blogger.com/profile/06895493427855245211noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5983457457571281764.post-27121734715426874732009-12-19T22:36:00.000-03:002009-12-19T22:36:02.390-03:00Nos corredores daquele casteloEu te amo como se nada no mundo houvesse para ser amado, como se minha existência não tivesse outra razão a não ser de amar-te. Vamos embora daqui agora. Tu és meu objeto único de amor e adoração. Permita-me venerar-te até o fim dos meus dias. Eu observo teus passos, tua silhueta, sinto teu cheiro e tua louca vontade de fugir. Então apronte-te. Já é quase meia-noite. Os pássaros já foram dormir e restaram apenas os animais noturnos a nos espreitar detrás de moitas, aguardando para de assalto devorar nosso amor eterno. Sejamos rápidos. Sou tua, como segredos que guardas no fundo da mente. Sou tua como são teus os pés que te trazem aqui. Não há o que temer, a não ser a distância entre aqui e amanhã. Pode ser tarde quando o dia nascer.AutoCríticahttp://www.blogger.com/profile/06895493427855245211noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5983457457571281764.post-66305486129046516842009-12-04T03:53:00.001-03:002009-12-04T04:32:37.885-03:00Sobre a limpezaA casa já estava arrumada para ele ir embora. Na verdade, ela sempre esteve, desde o dia em que ele decidira voltar. Seria muito arriscado entregar-se àquele amor novamente. Preferiu não recolocar as fotos no porta-retratos nem alterar o status na rede social. Manteve-se neutra, tal qual uma Suíça, esperando pacientemente que algo de ruim acontecesse. Então, como não havia nada que pudesse fazer, pensou que dormiria, plácida, mas a noite, aquela, como tantas outras anteriormente, prometia. Não dormiu. Percorreu mentalmente cada canto da casa, procurando vestígios dele, algum deslize, uma prova de amor aqui, a lembrança daquela viagem que fizeram juntos ali. Não havia mesmo muita coisa de relevante. Mas chamou sua atenção que ele tivesse deixado marcas na sua vida. Não eram muitas, nem grandes, mas eram marcas. Nada que um alvejante, uma esponja e uma noite de trabalho benfeito não dessem conta.AutoCríticahttp://www.blogger.com/profile/06895493427855245211noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5983457457571281764.post-9199177230106907172009-12-03T17:38:00.006-03:002009-12-03T17:42:17.196-03:00Um clichê embrulhado para presenteÉ muito clichê dizer que cada minuto pareceu dez? É pouco original? Essa historinha de dizer que o dia hoje demorou a passar já foi muito contada? Sim, sim e sim. Eu não me importo. As horas hoje se arrastaram como latinhas presas no carro de recém-casados. Barulhentas, desnecessárias, clichês. Obra de algum espírito de porco sem ter o que fazer. Cada minuto que não passava, era mais um minuto para pensar, cheirar, vivificar, sentir o ontem. Meus pensamentos pareciam caminhos de rato. Não davam em lugar algum, se cruzavam, iam e voltavam, retornavam ao ponto de partida para logo escolherem uma nova rota, tão ilógica, irrelevante e não razoável quanto a anterior. E o que eu posso fazer? Como eu poderia evitar? O que se diz para um cérebro atormentado, principalmente num dia em que o relógio brinca de slow motion?AutoCríticahttp://www.blogger.com/profile/06895493427855245211noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5983457457571281764.post-45094593462399616312009-11-30T10:34:00.001-03:002009-11-30T10:39:59.769-03:00O que eu pensei pela manhã e não disseEu me enchi de você. Desejei a sua inexistência. Cansei desse seu jeito de me olhar, de me tocar, de me chamar, de não me olhar... Mas quando vejo meu reflexo no espelho, tenho medo de deixar você. Tenho medo de só você aceitar isso que vejo agora no espelho. Receio mesmo que só você seja capaz de amar esse reflexo, a pessoa refletida, que não reflete um só minuto antes de socar o espelho e tentar se retalhar com os cacos.AutoCríticahttp://www.blogger.com/profile/06895493427855245211noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5983457457571281764.post-37886154920728644002009-11-26T21:52:00.002-03:002009-11-26T22:02:11.548-03:00Eterna lembrança de uma mente sem brilhoAs luzes apagaram, e algumas gotas começaram a cair. No radinho tocava uma música que sempre me deixa um gosto bom na boca, uma saudade de sei lá o quê. Fui deixando o tempo passar, mas contando os minutos para que você notasse. Na verdade, acho que você já tinha notado. Deixei aquela música, aquelas gotas, os toques e o calor acontecerem. A noite ia acontecendo, e na minha cabeça eu pensava no que ia falar. Sim, nesse momento eu já tinha certeza do que ia acontecer. É tudo tão calculado, sempre. Mas pensei. Algumas palavras aqui, outras ali. Falei. Dali, eu soube conduzir, como numa dança, tudo o que eu queria. A música parou. Intencionalmente. Não sei bem mais o quê. Não lembro direito. Verifiquei no relógio: um pouco antes de a manhã dar as caras, algumas horas depois de ser amanhã, parei. É preciso botar um ponto final nas histórias. Agora, eu às vezes penso sobre isso, mas não quero procurar. E sei que não vão me achar. Foi como eu escolhi: o escuro, o anonimato, o efêmero.AutoCríticahttp://www.blogger.com/profile/06895493427855245211noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5983457457571281764.post-41077222791626419792009-11-24T07:20:00.002-03:002009-11-24T07:26:04.062-03:00Tirem suas burkas do armárioNão sou do tipo que desenvolve pensamento. Eu penso. Eu chego a uma conclusão sem exatamente saber os passos que tomei. Como nas primeiras aulas de matemática, no caderninho de problemas: havia o espaço para a resolução do problema, e você tinha que demonstrar como achou a solução. Sempre achei estúpido, mas valia nota. Tinha que fazer. Agora, com a liberdade do mundo adulto, sem caderninhos de problemas, penso. Chego a conclusões apressadas. Não necessariamente equivocadas, mas certamente impulsivas, imediatas. Algo que tape o buraco, que preencha o vazio da falta de explicação. E de forma rápida!<br />Essa história de não pode coco, não pode bronzeamento artificial, não pode fumar, não pode gay em história em quadrinho, não pode, não pode, não pode, está me assustando. Daí vão dizer que ninguém proibiu nada, que só estão questionando, ou que a proibição, como o coco e o cigarro, é para um bem maior, blá blá. Cheguei a conclusão de que estão implantando uma nova ditadura, de que as velhinhas do Família, Deus e Propriedade, seja lá o nome que isso tinha, estão tomando de assalto nossa casa de novo. Sim, é essa minha conclusão. Refutem.AutoCríticahttp://www.blogger.com/profile/06895493427855245211noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5983457457571281764.post-19440609549685328972009-11-21T08:53:00.003-03:002009-11-21T09:00:45.084-03:00Preciso de um título pouco óbvioDo que vale a alma, se o corpo, pequeno, mesquinho, não abraça o mundo e seus encantos? Não se mantém viva a alma sem corpo, sem prazer, sem gozo. O corpo e seus inúmeros sentidos - pois cinco são só os citados no livro de ciências da primeira série - quando usados, colorem a alma em todos os tons de rosas, azuis, amarelos, violetas, verdes. Todos os tons de branco, se assim for possível. Corpo e alma, inseparáveis, dependem um do outro. Alimentem a alma, sim, mas não matem o corpo de fome. Deem a ele todo o tipo de sensação, boa ou ruim, regalem-no com as experiências mundanas, físicas, estas mesmo, da matéria, humanas. Só assim, o corpo transcenderá seus limites físicos, e a alma, feliz, poderá, um dia quem sabe, descansar em paz.AutoCríticahttp://www.blogger.com/profile/06895493427855245211noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5983457457571281764.post-77101423304085992502009-11-19T11:03:00.001-03:002009-11-19T11:03:31.028-03:00John Mayer: will you marry me?<p>O cd novo do John Mayer, assim como os outros, me dá vontade de viver, de sair pela vida, pulando, bebendo, rindo, suando, chorando. Sei lá. Ele nem é tão bom, nem é tão lindo, e suas músicas nem são tão nada. Mas é uma parada que me toca, acho que é a voz e o jeito de cantar. Uma intensidade… </p> <p>Eu preciso de intensidade. Assassin é uma música foda! Já me identifiquei.</p> <p>That girl was an assassin too! Uhuuul! Muito eu!</p> <p>E essa grande babaquice foi só para testar um programinha aqui.</p> AutoCríticahttp://www.blogger.com/profile/06895493427855245211noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5983457457571281764.post-32454236045590028872009-11-17T20:37:00.002-03:002009-11-17T20:39:56.522-03:00Pulmões de açoSinto que vou me afogar em pensamentos. Na verdade, estou sendo pressionada. Um quarto, quatro paredes vão se aproximando de mim. Já estou perdendo o ar. Acho que é assim que estou me sentindo. Um lutador de sumô decidiu que minhas costelas davam um bom sofá. Mais ou menos isso. Meus pulmões parecem aço, não vão nem vêm. Não consigo respirar. O que é isso, meu Deus? Diz que é TPM para eu ficar mais calma.AutoCríticahttp://www.blogger.com/profile/06895493427855245211noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5983457457571281764.post-78041576585531462272009-08-29T01:05:00.002-03:002009-08-29T01:08:58.654-03:00Sem metáforasLi alguns posts e fiquei pensando como conseguia ser tão metafórica. Não sei mais usar metáforas. Sou curta e grossa agora: estou sofrendo. Sofrendo de amor, de amizade, de má sorte, de carência. Não sei colocar mais de outra forma. Quero um abraço, um beijo cheio de desejo, um dia sem pensar merda, um carinho de um grande amigo. O Jô Soares está com uma estampa horrorosa, a Fernanda Lima apresentou um péssimo programa e agora deve estar dormindo com o marido gato dela, o Belchior sumiu e ninguém parou para perguntar se ele realmente estava fazendo falta. O mundo anda esquisito e depois dizem que a esquisita sou eu.AutoCríticahttp://www.blogger.com/profile/06895493427855245211noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5983457457571281764.post-68938078366594289422009-08-29T00:53:00.003-03:002009-08-29T01:01:17.939-03:00Já foi hora de dizer adeusSonho, acordo, sonho. O dia inteiro, sonho. Acordada. No andar de cima. Nos pensamentos fora de hora. Toda hora. E por aquela fresta, naquele segundo, por um breve segundo, um olhar. Mas se a tua voz pode ser minha por mais de minuto, viro o rosto, envergonhada. Teu sorriso arranha minha pele e não consigo continuar sem salivar. Quando chega a noite, a nova música do rádio me faz lembrar que já devia ter te esquecido.AutoCríticahttp://www.blogger.com/profile/06895493427855245211noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5983457457571281764.post-22815183156542473482009-08-29T00:52:00.001-03:002009-08-29T00:53:23.142-03:00VolteiNão sei se foi a falta do remédio hoje, ou um sentimento há muito guardado, mas me deu vontade de voltar. Chega de ser uma feliz alienada. Estou de volta.AutoCríticahttp://www.blogger.com/profile/06895493427855245211noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5983457457571281764.post-25989427767087588572009-03-20T22:31:00.003-03:002009-03-20T22:47:15.248-03:00teclas e uísquequeria ser de outra época e vibrar. músculos. alma. queria não ter vivido agora. queria ser outra e mais. mais sábia. mais séria. mais compenetrada. mais selvagem.<br /><br />menos eu. menos domada. menos domesticada.<br /><br />e sem olhar eu vou. teclas.AutoCríticahttp://www.blogger.com/profile/06895493427855245211noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5983457457571281764.post-54751989622032680262009-01-11T11:50:00.002-02:002009-01-11T11:58:47.562-02:00Direto do vazioQuantas são as moedas? Quantos são os danos? Quantos anos? Quantas metas? Vidas sem sentindo. Estamos perseguindo exatamente o quê? Somos eu e você ou são eles? Penso em tudo o que ficou pra trás, nas escolhas, nos caminhos. Os outros tiveram melhores opções? Foi falta de oportunidade? Foram realmente escolhas? O que foi certo? O que foi errado? Há esses valores? O livro está ali, com suas regras implacáveis, generalizadoras. Evito-o, diariamente. Repulsa é o que sinto. Acabo repelindo todos os que o leem. Mas vivo de acordo com o quê? Será que preciso de algum outro livro? Que livro será esse que guia minhas escolhas? Quais serão minhas normas? Onde quero chegar? Se é que chegar é uma das minhas metas...<br /><br />Perguntas que não têm respostas.<br /><br />Queria só poder sorrir: uma vida que eu não sei bem qual é pela frente e a não obrigação de entender nada disso.AutoCríticahttp://www.blogger.com/profile/06895493427855245211noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5983457457571281764.post-42342279068701530222009-01-10T10:56:00.003-02:002009-01-10T11:05:59.714-02:00Só não me chamem de gordaEu poderia enumerar meus defeitos, citá-los todos, gritá-los em pública praça. Sei quais são meus limites e talvez até aproxime de forma exagerada tais fronteiras, evitando desafios. Sou pouca, sou baixa, sou previsível, sou rarefeita, sou ordinária. Frágil, inflexível, amordaçada, sem dono. Sou o que quiseres. Mas sou sozinha, sou avessa, sou briguenta, sou explosiva. Sou do mal, sou do bem, sou quando quero e porque quero. Sou surda, sou cega. Sou menos do que gostaria e mais do que alguns podem suportar.AutoCríticahttp://www.blogger.com/profile/06895493427855245211noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5983457457571281764.post-14172511127196131922008-12-29T23:14:00.003-02:002008-12-29T23:17:12.479-02:00Ao mestreEle fala mais do que eu. Ele fala por mim. Ele me cala. Me deixa sem voz. E eu tento falar o que ele diz. Sou palavra muda diante dele. Não tenho o que dizer. Sua poesia serena meu caos. Eu só preciso dele. Ele nem sabe quem eu sou.AutoCríticahttp://www.blogger.com/profile/06895493427855245211noreply@blogger.com