Não sou do tipo que desenvolve pensamento. Eu penso. Eu chego a uma conclusão sem exatamente saber os passos que tomei. Como nas primeiras aulas de matemática, no caderninho de problemas: havia o espaço para a resolução do problema, e você tinha que demonstrar como achou a solução. Sempre achei estúpido, mas valia nota. Tinha que fazer. Agora, com a liberdade do mundo adulto, sem caderninhos de problemas, penso. Chego a conclusões apressadas. Não necessariamente equivocadas, mas certamente impulsivas, imediatas. Algo que tape o buraco, que preencha o vazio da falta de explicação. E de forma rápida!
Essa história de não pode coco, não pode bronzeamento artificial, não pode fumar, não pode gay em história em quadrinho, não pode, não pode, não pode, está me assustando. Daí vão dizer que ninguém proibiu nada, que só estão questionando, ou que a proibição, como o coco e o cigarro, é para um bem maior, blá blá. Cheguei a conclusão de que estão implantando uma nova ditadura, de que as velhinhas do Família, Deus e Propriedade, seja lá o nome que isso tinha, estão tomando de assalto nossa casa de novo. Sim, é essa minha conclusão. Refutem.