sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Frustrante como a vida deve ser

A frustração é amarga. Não há remédio no mundo para a frustração. Do tipo "é tomando uma gelada que se cura a bebedeira", eu costumo me curar de uma frustração arranjando outra. E dói. Bastante. A ressaca é indescritível. Descobri que não consigo dormir sozinha depois de uma frustração. Pego o telefone e saio, como uma bêbada, telefonando para todo mundo. Vai ver é isso. A frustração é a minha cachaça. Será que já estou viciada? Será que tem um centro de reabilitação para viciados em frustração? Só sei que essa noite não consegui companhia. Para nada. Nem alguém para bater papo. Tentei ler. Mas até achei graça da tentativa. O livro me frustrou em segundos. Deitei a cabeça no travesseiro (que frustrante!) e dormi. Dormi um sono pesado. Desses que não se acorda, não se sonha, não se mexe. Desses que parece que se morreu. E acordei com ressaca de frustração. Quando vou aprender a não me meter nos caminhos que me levam a inevitável frustração? O bom é que percebi que comecei a cansar. Infelizmente, eu sou persistente. Eu sempre tento mais um pouco. Frustração é uma palavra engraçada. Frustração. Uma receita talhada de fruta com estação, com pitadas de estrada e pitadas de ação. A palavra em si já é toda frustrada. Queria ser tanta coisa, não conseguiu e é isso aí. Essa coisa feia e esquisita, que as pessoas têm difilculdade de escrever e de falar.
Gritemos um viva à frustração! Ou eu acabo com ela ou ela acaba comigo. Estamos casadas com separação parcial de bens.

Descobri também que eu tenho dificuldade com parágrafos.