segunda-feira, 22 de setembro de 2008

A forma destacada e inócua de mim

Sumi. Esqueci-me de mim. Como costumeiro hábito, afoguei-me em trabalhos trabalhosos e cansativos que me ajudam na árdua talvez simples tarefa de viver sem me dar conta da minha existência. Pois assim tenho andado. Meio alheia a mim mesma e a meus problemas. Respiro na superfície e não ouso mergulhar. Fico aqui, boiando. É provável que qualquer dia desses uma palavra, um alerta, uma música, um cartaz me traga de volta ao fundo, à reflexão. Até lá, escuto com muita cautela as músicas, leio e ouço hesitante as palavras dos emails e das conversas. Enquanto isso, então, vivo, sinto e respiro com a casca de mim, com o que há de mais ligeiro e vago em mim. Não vivo eu, vive uma forma destacada e inócua de mim.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Modéstia

Eu tenho escrito mal pra cacete. Ando sem inspiração pra cacete. Cheia de coisas para falar, mas tão sem jeito... Aí li uma parada meivelha... Putz! Eu já fiz algo decente, mesmo estando na merda.
Ok. Agora estou pronta para levantar e tomar o raio do café da manhã.
Bom dia!

Café da manhã

Há meses durmo mal. Há anos talvez nem durma. Acordo pensando em desistir, vou me deitar ainda estupefata com o fato de ter vivido mais um dia. Hoje, como não deveria deixar de ser, dormi absurdamente mal. Pelo menos, diferentemente dos outros dias, não foram sete horas de péssimo sono; foram cinco. Enrolei na cama, liguei o ventilador para sentir frio, atrasei o despertador e, finalmente, desisti. Levanto para preparar o café. Cismei que faria vitamina de maçã. Ah, é! Esqueci de comentar que ontem fui dormir pensando em começar hoje uma atividade física. Obviamente, já desisti. Voltemos à vitamina. O liqüidificador está a postos. As maçãs e o leite também. Falta a força de vontade de seguir, de permanecer, de continuar, de perseverar.

(Ops, Rebeca, cadê a esperança, a sintonia, blá blá blá? Respondo somente que andam dormindo mal e hoje não querem acordar de jeito nenhum.)

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Errar pelos meus caminhos

Venho falando de erro, compartilhando equívocos, desesperos. Imploro compaixão, piedade, perdão por tantos desacertos. Entretanto, é tudo tão superficial e tangente. Palavras alheias, geralmente, não me alcançam. Eis que então escutei. Pude antever, rever, entrever por aqueles olhos cerrados a esperança guardada, não em mim, mas num anexo de mim, um apêndice distante e deslocado. Aguardo que ela me toque e me leve. Questiono, hesito, reflito. Irei sem resistir? Como me entregar a tamanha força e me permitir ser fraca? Penso, acalmo, descanso. Deixo para depois a busca pelas respostas. No momento, vou aproveitar que meus sentidos libertos estão sensíveis. Parar e estar atenta ao mais sutil movimento, não perder a sintonia, não me distrair. Obedecer a outros comandos.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Quando ser não basta

Eu sou alguém. E se você me procurar, você vai me achar.