Quando eu fui feliz, telefones não existiam. E, quando existiam, tocavam. Nesse dia, atravessei uma ponte e vi uma flor muito muito grande. Quando eu fui feliz, o sol se punha, o rádio tocava e eu dormia deitada no chão. Um pouco antes, bebia água em uma garrafa de 1,5 l. Quando eu fui feliz, recebi uma notícia boa e encontrei a pessoa a quem eu mais queria contar por coincidência. Nesse dia, eu podia dormir duas horas depois do almoço.
Não adianta querer ser feliz. A felicidade não é um vestido de R$875,00. Não adianta buscar a felicidade. A felicidade não é um bicho de estimação perdido no centro da cidade. E não sei mais o que dizer, porque, em vinte poucos anos de vida, foi só isso que eu aprendi.