sábado, 26 de julho de 2008
Na coxia da vida
Você sempre foi o que eu quis ser, e vejo agora que você tem medo, você também teve medo. Um dia você também rasgou fotos, se trancou no quarto, chorou a noite inteira. A insatisfação eterna. O ódio eterno de si mesma. A procura eterna pela paz inexistente. Monstros debaixo da minha cama que você conhece pelo nome. Desisiti de livrar-me deles. Prefiro convidar-los para bebermos uma taça de vinho, escondidos do mundo, dos risos falsos, dos gritos histéricos, das sacolas de shopping, do teatro. Nós, eu e meus monstros, na coxia.