domingo, 26 de outubro de 2008
Sem lenço, sem documento, num sol poente de quase novembro
É noite na cidade. Lágrimas tocam o solo e logo evaporam. Faz calor na cidade. Alguns esperam pela brisa que não voltará, outros suam o resto de desespero do dia. É noite, é triste, é fim. A cidade não espera que o último de seus moradores adormeça. Ela engole, ela anda, ela implora. Uma cidade perdida, partida, parida, podada, permissiva, passiva, pedinte, pendente, padecendo da dor de ser mais do que uma cidade.