sábado, 23 de junho de 2007

Sensações de saudade

A saudade às vezes é mais pesada que o ar. E voa. Voa baixo, movimenta o ar ao nosso redor e deixa um cheiro familiar. A saudade dói. Dói demais. E a dor é mais aguda que meu grito em seus ouvidos. A saudade me arranca da cama, me beija a boca e diz que vai embora. Mas não vai. Ela fica. A saudade pesa no coração. O coração cai no chão e se esparrama de tanta saudade dentro...
E como eu não sei finalizar o que sinto e o que digo, paro por aqui. A saudade é assim também, não tem fim.

sábado, 9 de junho de 2007

Dúvida

Em alguns momentos, não sabemos se o que sentimos é fome ou azia.

Para quê?

Para que a gente dorme tanto e perde quase o dia todo assim?
Por que a gente perde tempo falando?
Por que perde-se a vida tentando achar uma explicação que não há?
Para quê?
Com que motivo procuramos razões para todos os nossos atos?
Por que eu fico me questionando o porquê de eu não saber fazer nada direito?
Por quê? Para quê?
Eu quero querer, sem saber por quê. Eu quero fazer sem saber para quê. Eu quero me permitir não saber nada. Mas, no fundo, para quê?

É incomum

Mas às vezes a gente ganha.

ou

Nem sempre a gente perde.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Gritos

Duas pessoas gritam aqui do lado. Gritos, gritos. Não consigo apreender o que gritam, obviamente nem o motivo de estarem gritando. Gritam apenas. Os gritos ricocheteam na parte interna do edifício. Esse edifício do post abaixo. Esse mesmo, gelado.
Aqui faz frio. Mas aqui eu sou feliz. Aqui eu já até me sinto em casa. Agora vou beber os vinhos do post logo abaixo. E você nem quis vir aqui tomar comigo.

Vinho

Comprei vinho na Sendas. Enrolei para sair de casa. A realidade de comprar vinho na Sendas é dura e feia. Fiquei com preguiça. Odeio a Sendas. Mas acabei saindo. Saí e comprei duas garrafas de vinho: um vinho "clichê" chileno e um argentino, que acho que me convence pelo rótulo (eu gosto, ele é bom sim, mas acho que o rótulo é o que realmente me faz comprá-lo). Não queria ter ido na Sendas comprar os vinhos. Queria ter ido na Lidador, numa bodega chilena, num restaurante português, num supermercado argentino... Mas enfim, a realidade é dura e feia. Feia como a Sendas. Porém, os vinhos são bons e serão tomados. Meu apartamento é gelado. Nunca vi coisa igual. Com o vinho eu sinto até calor.
Ah! Chega de falar. Comprei duas garrafas de vinho na Sendas. É isso aí. Ponto final. Acabou.


Quer uma taça?

sábado, 2 de junho de 2007

Hoje?

São todos seus os meus sonhos hoje. Hoje. Todos. Seus. Hoje.
Amanhã? Hoje.
Não deixe que o hoje passe sem que você olhe pela janela e escute um pouquinho desta gargalhada da vida. Não se permita deixar o amanhã chegar sem que o hoje tenha te marcado profundamente a ponto de você esquecer o ontem. É hoje. Hoje? É.
Meus delírios são todos seus hoje. Delírios. Hoje. Seus. Agora.

Abraços

E quando a saudade me apertar bem forte, me carregar a noite inteira nos braços, seu cheiro invadindo meu corpo e tomando minha alma, vou ter uma noite tranquila.
Ai, essa saudade que não me deixa em paz, que atrapalha meus dias, que não permite que as horas passem, mas que me faz deitar a cabeça no travesseiro e ter uma noite cheia de estrelas e luas e constelações e temperaturas e montanhas e rios e.
E eu me agarro nessa saudade, enterro meu rosto em seu colo, aspirando bem fundo. Quero mais desse abraço da saudade todo dia. Essa saudade que me faz andar, que me faz querer, me faz lembrar de tudo de bom que já foi vivido e me faz dormir sorrindo.