Quantas são as moedas? Quantos são os danos? Quantos anos? Quantas metas? Vidas sem sentindo. Estamos perseguindo exatamente o quê? Somos eu e você ou são eles? Penso em tudo o que ficou pra trás, nas escolhas, nos caminhos. Os outros tiveram melhores opções? Foi falta de oportunidade? Foram realmente escolhas? O que foi certo? O que foi errado? Há esses valores? O livro está ali, com suas regras implacáveis, generalizadoras. Evito-o, diariamente. Repulsa é o que sinto. Acabo repelindo todos os que o leem. Mas vivo de acordo com o quê? Será que preciso de algum outro livro? Que livro será esse que guia minhas escolhas? Quais serão minhas normas? Onde quero chegar? Se é que chegar é uma das minhas metas...
Perguntas que não têm respostas.
Queria só poder sorrir: uma vida que eu não sei bem qual é pela frente e a não obrigação de entender nada disso.
domingo, 11 de janeiro de 2009
sábado, 10 de janeiro de 2009
Só não me chamem de gorda
Eu poderia enumerar meus defeitos, citá-los todos, gritá-los em pública praça. Sei quais são meus limites e talvez até aproxime de forma exagerada tais fronteiras, evitando desafios. Sou pouca, sou baixa, sou previsível, sou rarefeita, sou ordinária. Frágil, inflexível, amordaçada, sem dono. Sou o que quiseres. Mas sou sozinha, sou avessa, sou briguenta, sou explosiva. Sou do mal, sou do bem, sou quando quero e porque quero. Sou surda, sou cega. Sou menos do que gostaria e mais do que alguns podem suportar.
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